Para controle da pandemia da COVID-19 é muito importante que a maioria da população seja vacinada. Agora que as primeiras pessoas já começaram a receber doses da vacina de COVID-19 – como profissionais de saúde e idosos acima de 80 anos – é preciso combater fake news e disseminar informações corretas sobre as vacinas disponíveis para coronavírus.
Uma das primeiras desinformações que têm sido reproduzidas é a da ineficácia das vacinas. Na verdade, as vacinas que estão sendo aplicadas atualmente são muito eficazes, incluindo as produzidas a partir de vírus inteiros desativados e as de versões atenuadas do vírus, chamadas adenovírus.
Uma das razões para essa distorção dos fatos é que pacientes que tomaram as doses de vacinas com vírus atenuados não demonstraram resultado positivo para anticorpos em relação ao Sars-CoV-2 nos testes rápidos de detecção.
A questão que deve ser levantada é: por que este tema está gerando insegurança na população? E qual é a razão dos pacientes que tomaram a vacina de vírus atenuado ainda não apresentarem anticorpos para a SARS-CoV-2, mesmo sendo esse o objetivo de uma vacina?
Para entender melhor, é importante saber como funcionam as vacinas, quais são os anticorpos detectados nos testes rápidos e por que a diferença entre os tipos de imunizações faz com que a resposta a esses testes seja diferente, ainda que todas as pessoas que tomem a vacina estejam imunizadas.
Qual a composição do vírus Sars-CoV-2?
Uma característica importante do Sars-CoV-2 é que ele é composto de múltiplas proteínas, incluindo a proteína S (spike), que é a responsável por se acoplar às células do corpo humano para que ele possa se replicar.
Nessa proteína, há um subdomínio chamado RBD (Receptor Binding Domain), que permite a ligação às células humanas pelo receptor ACE2. Portanto, para neutralizar esse RBD, é importante que o corpo desenvolva anticorpos anti-RBD, presentes na proteína S, o que é o foco de alguns tipos de vacina de COVID-19.
Como os testes rápidos para COVID-19 funcionam
Existem diferentes testes que podem ser feitos para detecção do Sars-CoV-2. Alguns detectam a presença do vírus – uma infecção ativa, outros detectam os anticorpos da resposta imune.
Os testes rápidos se popularizaram porque, com uma pequena amostra de sangue, é possível detectar a presença de anticorpos. O teste rápido consiste em um ensaio imunocromatográfico, que identifica a presença de anticorpos do tipo IgG/IgM nas amostras coletadas entre 10 e 12 dias após a infecção por SARS- CoV-2.
Com metodologia simples, esse tipo de teste rápido pode ser executado diretamente em qualquer unidade de saúde, disponibiliza o resultado entre 10 à 15 minutos e deve ser realizado por profissionais devidamente treinados.
Qual a diferença das vacinas?
O primeiro passo para entender a diferença entre as respostas aos testes é compreender os tipos de vacinas.
Algumas são produzidas a partir de vírus inteiros desativados, isso significa que esta vacina possuirá todas as proteínas relacionadas à capacidade neutralizante do vírus (proteína S), e também, às proteínas não neutralizantes (proteína N). Já as vacinas produzidas por versões atenuadas do vírus, chamadas adenovírus, possuem parte das proteínas virais, ou seja, a proteína S.
A vacina com vírus inteiro (contém as proteínas neutralizantes e não neutralizantes) funciona com base em uma resposta imune em toda sua totalidade, o que quer dizer que o organismo produz tanto anticorpos neutralizantes quanto anticorpos não neutralizantes.
Já nas vacinas de adenovírus, o organismo produz anticorpos relacionados à proteína S, e quando entra em contato com sistema imune do paciente a resposta imunológica será relacionada a esta proteína.
É importante salientar que independentemente da vacina, o organismo irá reproduzir anticorpos contra o SARS-CoV-2.
Por que a resposta imune da vacina de COVID-19 nem sempre é detectada nos testes rápidos?
Isso acontece porque a maioria dos testes utilizados no mercado detectam a proteína N, e, neste caso, somente irão identificar anticorpos das vacinas que utilizam o vírus inteiro. “Se você tomou a vacina que expressa apenas a proteína S do novo coronavírus, muitos testes de anticorpos nunca vão positivar. Já na vacina de vírus inteiro, espera-se que todo teste de anticorpos positive”, ressalta Breno Bernardes de Souza, médico generalista, pesquisador-colaborador Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP).
Soluções Celer para COVID-19
A Celer Biotecnologia trabalha com três tipos diferentes de testes, o de anticorpos (One Step COVID-2019 Test), o RT-PCR (Celer Sansure Kit de Detecção por PCR em Tempo Real para SARS-CoV-2) e o de antígeno (Celer Wondfo SARS-CoV-2 Ag Rapid Test).
O One Step COVID-2019 Test é um teste rápido que detecta os anticorpos totais, ou seja, IgM e IgG. Ele se torna o teste ideal para detecção de anticorpos após a vacinação, já que ele identifica a proteína S, proteína presente nos dois tipos de vacinas disponibilizadas.
Eficácia das vacinas de COVID-19
É importante lembrar que o fato de algum teste não identificar anticorpos para COVID-19 não quer dizer que o paciente não esteja imune após tomar a vacina. Antes de mais nada, é preciso saber qual a vacina foi utilizada, e a partir daí ser realizado o direcionamento para que o paciente realize o teste de acordo com a vacina aplicada.
O One Step COVID-2019 Test, que identifica a proteína S, é capaz de identificar os anticorpos produzidos pelas duas estruturas de vacinas aprovadas no Brasil (vírus inteiros desativados e as de versões atenuadas do vírus, chamadas adenovírus) e se torna o teste ideal para avaliação da produção de anticorpos de ambos os tipos de vacinas disponibilizadas para a população.
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