11 de junho de 2020

Tecnologias Point of Care (POC) em processo acelerado de inovação

Quando se trata de salvar a vida de uma pessoa, cada minuto é importante.  Por isso, a tomada de decisões rápidas faz tanta diferença em […]

Tecnologias Point of Care (POC) em processo acelerado de inovação

Quando se trata de salvar a vida de uma pessoa, cada minuto é importante.  Por isso, a tomada de decisões rápidas faz tanta diferença em hospitais e outras instituições de saúde. Diante dessa necessidade, as Tecnologias Point of Care, também conhecidas no Brasil em forma de testes laboratoriais remotos ou simplesmente testes rápidos, apresentam diversas vantagens para o diagnóstico e acompanhamento de várias doenças.

Esse mercado não para de crescer, sobretudo em países como o Brasil, com sua grande população e alta prevalência de doenças crônicas, que necessitam de monitoramento constante.

Em todo o mundo, as empresas do setor estão investindo todos os seus esforços para acelerar seus processos de inovação. Esse salto tecnológico que iremos presenciar poderá contribuir de forma relevante para aprimorar os processos de atenção à saúde.

Sobretudo em um momento em que o mundo passa por uma grave crise de saúde pública, devido à pandemia de COVID-19, essas inovações são mais do que bem-vindas.

Novas tecnologias e tendências do mercado de Testes Point of Care (POCT)

Os smartphones, que já têm tantas funções, já se tornaram uma ferramenta útil para as pessoas cuidarem da saúde. Diversos dispositivos de diagnóstico, como tiras de papel e microchips (lab-on-a-chip platforms), poderão ser acoplados aos celulares. Essas novas ferramentas poderão contribuir para automatizar e simplificar os processos de diagnósticos e reduzir custos.

Assim, cada vez mais o celular servirá para medir níveis de atividade cardíaca, pulso, pressão arterial, quantidade de oxigênio no sangue, tempo de sono, entre outras funcionalidades. Essas tecnologias estão se desenvolvendo tão depressa que já há até aplicações para detecção de HIV e sífilis.

Por tudo isso, é possível dizer que os celulares serão a interface mais promissora para o futuro dos Testes Point of Care (POCT). Isso ocorre porque o aparelho tem preço decrescente, cada vez mais capacidade de processamento, alta conectividade, câmera e sensores.

Além disso, há um aumento de demanda no mercado por testes rápidos para detectar doenças como fibrose, infarto do miocárdio, insuficiência renal aguda e pré-eclâmpsia, no caso de gestantes. O aumento do número de pessoas acometidas por Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), em todo o mundo, também deverá aquecer a busca por Testes Point of Care (POCT).

Novas necessidades, novas aplicações das Tecnologias Point of Care

No que diz respeito ao diagnóstico de condições cardíacas, já há estudos que demonstram que testes rápidos que medem marcadores de lesões como mioglobina e creatina kinase (CK-MB) proporcionam uma melhor triagem de pacientes, diminuem o tempo de hospitalização e, consequentemente, os custos. Dessa forma são capazes de fornecer diagnósticos cardiovasculares otimizados, que melhoram o atendimento ao paciente em diversos contextos clínicos, incluindo cuidados intensivos, ambulatórios, centros de pesquisa clínica e áreas remotas.

O setor de diagnóstico de câncer também tende a crescer muito, devido ao desenvolvimento de testes rápidos que identificam marcadores moleculares da doença. Diagnósticos feitos a partir de tiras de papel, muito utilizados para detecção de gravidez, combinados a smartphones, são um formato com um bom custo-benefício, especialmente para países em desenvolvimento. Uma de suas aplicações futuras poderá ser para identificar biomarcadores de câncer e HIV.

Por causa da pandemia de COVID-19, espera-se também um aumento da demanda por dispositivos que identifiquem a presença de anticorpos IgM e IgG contra o novo coronavírus (Sarc-Cov-2).  Vale lembrar que esses testes têm apresentado alta eficiência em diversos estudos científicos.

O futuro dos testes Point Of Care (POCTs)

As inovações tecnológicas são muitas, porém o futuro dos Testes Point Of Care (POCT) dependerá de como essas tecnologias se tornarão viáveis do ponto de vista comercial e clínico. O desenvolvimento deste mercado também depende de regulações por parte dos países. No Brasil, por exemplo, não há um marco legal específico.

Em linhas gerais, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabelece que o uso dos Testes Point of Care (POCT) deve seguir as mesmas diretrizes dos laboratórios centrais, no que diz respeito a controle de qualidade e biossegurança, treinamento adequado, registro de procedimentos, gestão de resíduos e a presença de um responsável técnico. Para saber mais sobre esse tópico específico, leia o post Como a Anvisa prevê o uso de Point of Care na assistência à saúde.

O que é possível dizer com certeza é que essa área deverá atingir um crescimento de até 9,8%, atingindo um faturamento de $36,96 bilhões em 2021, com os continentes América do Norte, Europa e Ásia encabeçando a lista dos maiores mercados.

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