Conhecido como o hormônio do estresse, o cortisol é um esteroide que está diretamente ligado a diversas atividades regulatórias de diferentes sistemas do corpo humano¹. Por isso, é importante manter seus níveis dentro dos padrões considerados normais para que não haja alteração de funções essenciais ou exposição do organismo a possíveis doenças. A quantidade de cortisol no sangue pode ser medida e monitorada por exames clínicos, inclusive por meio de testes rápidos, como veremos mais adiante.
De acordo com uma pesquisa da Faculdade de Farmácia da UniRV¹, cortisol é produzido pelo córtex adrenal, dentro da glândula adrenal, localizada na parte superior dos rins. Sua liberação ocorre em resposta às situações de estresse e quando há baixa concentração de glicose no sangue. O hormônio do estresse também é secretado para aumentar o açúcar no sangue por meio gliconeogênese, suprimindo o sistema imunológico e auxiliando no metabolismo de gordura, proteína e na regulação de carboidratos.
Apesar do “apelido” negativo, o cortisol, quando em equilíbrio, é essencial para a qualidade de vida, tornando-se o hormônio do bem-estar. Exemplo disso é o seu papel fundamental como regulador do sono², interagindo com outros hormônios e com ambiente. Por isso, seus níveis tendem a aumentar durante a parte da manhã, quando há estímulo da luz (atuando como despertador), diminuindo à noite, quando escurece (agindo como estímulo para o sono noturno). O hormônio cortisol também evita o surgimento ou agravamento de problemas estéticos de natureza dermatológica como acne, psoríase, gordura localizada e alopecia².
No entanto, quando desequilibrado, o cortisol pode causar cansaço, fraqueza, dificuldades de raciocínio e aprendizagem, compulsões alimentares, perda de massa muscular, diminuição da imunidade, além de sinalizar algumas doenças como depressão, hipertensão arterial, Addison, entre outras. Uma rotina de atividades físicas, exercícios para a mente, alimentação balanceada e noites bem dormidas ajudam a equilibrar os níveis do hormônio no organismo¹.
Equilíbrio é fundamental contra a depressão
As alterações dos níveis de cortisol podem levar a transtornos neuroendócrinos importantes. Como destaca esta revisão bibliográfica da USP³, alguns estudos mostram que em pacientes deprimidos o Hipotálamo-Pituitária-Adrenal (HPA) pode estar alterado, apresentando sua atividade aumentada ou diminuída. Ou seja, o eixo pode estar tanto em hiperatividade (níveis altos de cortisol) quanto hipoatividade (níveis baixos de cortisol).
Normalmente, os pacientes que apresentam altas concentrações de cortisol se relacionam com a depressão melancólica³. Em alguns casos, também estão relacionadas às depressões psicóticas. Já a hipoatividade (níveis baixos) estão ligadas às depressões – moderada a grave³.
Cortisol baixo e Doença de Addison
Os níveis muito baixos do hormônio do estresse também podem indicar condições mais delicadas, como a Doença de Addison⁴, uma insuficiência adrenocortical primária ou crônica.
A Doença de Addison³, normalmente, é causada por um processo autoimune⁴. Em casos mais raros, pode ser reflexo da deterioração das glândulas adrenais causada por tuberculose, tumores, infecções, hemorragias, necroses inflamatórias, Histoplasmose, entre outros problemas. A doença causa, entre diversos sintomas⁴, fadiga, fraqueza, hipotensão ortostática, hiperpigmentação da pele, náuseas, vômitos, diarreias e dores abdominais.
Estresse dificulta emagrecimento
Além dos malefícios para a mente, o cortisol elevado pode prejudicar o corpo, levando ao sobrepeso ou mesmo à obesidade. O estímulo em longo prazo da secreção do hormônio irá elevar os níveis de glicose e, na sequência, a de insulina, que impacta diretamente no ganho de peso⁴.
Além disso, o estresse retarda o metabolismo, podendo provocar o armazenamento de gordura em áreas como abdômen e costas, consideradas de risco. Ao mobilizar as reservas de energia, o cortisol não concentra na gordura, mas na massa muscular (massa magra). Ou seja, a gordura fica acumulada do corpo, enquanto o corpo queima a massa muscular⁴.
Horários para testagem
A secreção do hormônio cortisol segue ritmo diário constante¹. No período da manhã, os níveis se mantêm elevados devido à necessidade de a taxa de glicose no sangue estar mais alta para que haja o fornecimento de energia aos músculos e nervos. No decorrer do dia, esses níveis diminuem até se tornarem mais baixos no período noturno¹. Diante desses cenários, o ideal é que os testes para diagnósticos e monitoramento de doenças e condições adversas sejam realizadas no período da manhã (próximo das 8h) e no final da tarde (a partir das 16h).
Teste Point of Care da Celer identifica cortisol em amostras
Referência em soluções de diagnóstico humano e veterinário, a Celer Biotecnologia conta em seu portfólio de produtos o teste point of care que determina quantitativamente o cortisol presente em amostras de plasma, soro ou sangue total: o Celer Finecare Cortisol Teste Quantitativo. Este exame pode ser indicado tanto como ferramenta de triagem da disfunção adrenal quanto avaliação do efeito do tratamento.
O Celer Finecare Cortisol Teste Quantitativo utiliza a metodologia de imunodetecção por fluorescência. Nessa dinâmica, que tem duração de até 15 minutos, os anticorpos marcados com fluorescência anti cortisol se ligam ao antígeno cortisol presente na amostra. A mistura migra pela matriz de nitrocelulose da tira de reação por ação capilar, e os complexos de anticorpo-cortisol circulantes são capturados pelo anticorpo anti cortisol imobilizado na tira de teste. Desta forma, quanto maior a concentração de cortisol na amostra, mais complexos se formam e se acumulam na tira de reação. A intensidade do sinal de anticorpos fluorescentes detectados reflete a quantidade de cortisol capturados durante a reação, indicando a sua concentração na amostra de sangue.
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Referências
⁴ GROSSMAN, Ashley B. Doença de Addison. Disponível em: < https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/dist%C3%BArbios-end%C3%B3crinos-e-metab%C3%B3licos/dist%C3%BArbios-adrenais/doen%C3%A7a-de-addison>. Acesso em: 7 jun. 2021.
² RODRIGUES, A.C. et al. A influência do cortisol nas disfunções estéticas. Disponível em:
<https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2019/11/INFLU%C3%8ANCIA-DO-CORTISOL-NAS-DISFUN%C3%87%C3%95ES-EST%C3%89TICAS.pdf>. Acesso em: 7 jun. 2021.
¹ ROSA, Thais G. Influência dos agentes estressores no aumento dos níveis de cortisol plasmático. Disponível em: <https://www.unirv.edu.br/conteudos/fckfiles/files/INFLUENCIA%20DOS%20AGENTES%20ESTRESSORES%20NO%20AUMENTO%20DOS%20NIVEIS%20DE%20CORTISOL%20PLASMATICO.pdf >. Acesso em: 7 jun. 2021.
³ VILELA, L. H.; JURENA, M. F. Avaliação do funcionamento do eixo HPA em deprimidos por meio de medidas basais: revisão sistemática da literatura e análise das metodologias utilizadas < https://www.scielo.br/j/jbpsiq/a/J9LbKbmYhQKBC49ZC3jX34f/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 7 jun. 2021.