Reforçando seu compromisso com a comunidade científica, a Celer Biotecnologia realizou a doação de testes rápidos de uso veterinário para pesquisas na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Os testes de coagulação foram destinados a Escola de Veterinária da universidade para o desenvolvimento de dois experimentos, sendo um deles do Programa de Doutorado. A outra pesquisa faz parte do Programa de Residência Integrada em Medicina Veterinária da Escola.
Foram doados kits de TCA TP, TTPA, fibrinogênio e D-dímero para a realização dos testes clínicos de dois experimentos – um de residência integrada e outro de doutorado. No primeiro, buscou-se a validação para amostras de animais e, no segundo, a aferição do status em pacientes caninos nefropatas graves.
O trabalho de conclusão de residência integrada, intitulado ”Determinação da precisão dos testes de tempo de protrombina e tempo de tromboplastina parcial ativada no coagulômetro automático óptico em amostras de plasma controle e sangue total de cães hígidos e com neoplasia mamária”, está sendo desenvolvido pela pesquisadora Mariah Gois Ceregatti, sob coordenação da professora, e também coordenadora geral do MULTILAB-EV-UFMG, Fabiola Paes Leme.
A tese de doutorado é desenvolvida pelo pesquisador Luiz Eduardo Tassini, também sob supervisão da professora Fabiola Paes Leme. A pesquisa é intitulada como ”Coagulopatia do paciente renal crítico”.
Aplicação dos testes de coagulação na veterinária
Os testes de coagulação são utilizados para avaliar o funcionamento das proteínas necessárias para a coagulação normal do sangue (fatores de coagulação). São usados, principalmente, em preparações cirúrgicas, mas também quando pacientes possuem sangramentos inexplicáveis, para monitorar tratamentos ou deficiências nos fatores de coagulação hereditárias.
A professora Fabiola Paes Leme, coordenadora geral do MULTILAB-EV-UFMG e das pesquisas favorecidas pela doação, comenta a aplicação dos testes de coagulação no segmento veterinário. “Inúmeras são as aplicações do coagulograma, especialmente considerando a casuística extremamente elevada de fatores desencadeadores de patologias hemostáticas como doenças renais, hepáticas, sépticas, oncológicas e acidentes com animais peçonhentos. Outra grande casuística apontada são fatores desencadeadores de coagulopatias de consumo, incluindo as desordens infecciosas como as causadas por hemoparasitos.”
Testes rápidos no diagnóstico veterinário
Os testes rápidos ou Point of Care (POC) têm inúmeras vantagens para diagnóstico veterinário. Eles são realizados por plataformas portáteis e compactas e, por isso, permitem utilização descentralizada. Os equipamentos podem ser alocados próximo ao paciente, em hospitais e clínicas veterinárias. Isso, somado a rapidez do processamento do resultado, faz com que se tornem uma útil ferramenta em situações onde são necessárias rápida tomada de decisão.
Os testes rápidos de coagulação para uso veterinário não precisam de centrifugação prévia. A aplicação é realizada através de amostra de sangue total citratado, ou seja, com utilização do anticoagulante Citrato de Sódio. Segundo a professora Fabiola Paes Leme, este fator “acelera a realização dos testes e minimiza o efeito da hemólise de amostras plasmáticas, que sempre determinam algum grau de interferência no resultado.”
Ela completa: “Um diagnóstico mais rápido favorece sempre a tomada de decisão clínico-terapêutica mais precoce e, dessa forma, a sobrevida de pacientes críticos e/ou descompensados.”
Linha Celer para diagnóstico veterinário
Os kits de testes de coagulação doados para a Escola de Veterinária da UFMG são aplicados em conjunto com a Analisador Óptico de Coagulação Veterinária. A plataforma é portátil e fácil de manusear, permitindo utilização em diferentes estruturas de laboratórios ou clínicas. Todos os kits reagentes são aplicados de forma similar, através de análise de 20 microlitros de amostra de sangue total. O tempo de resultado é de até cinco minutos.
Os kits de testes disponíveis são:
>> Tempo de Protrombina (TP): teste de triagem sensível e usado para avaliar a coagulação exógena. Também pode ser utilizado como teste quantitativo de fatores de coagulação das vias comuns e vias exógenas ou para monitorar terapia com anticoagulante oral.
>> Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa): usado para avaliar coagulação endógena ou como teste qualitativo para detectar fatores de coagulação séricos diferentes de VII. Utilizado também para monitorar tratamento com heparina.
>> Tempo de Coagulação Ativada (TCA): determina quantitativamente o TCA (Tempo de Ativação do Coágulo). É considerado um teste global de coagulação, sensível a anormalidades na via intrínseca da coagulação sanguínea e à atividade anticoagulante da heparina.
>> Tempo de Trombina (TT): detecta função de coagulação, anticoagulação e sistemas fibrinolíticos. Utilizado para monitorar tratamento com heparina e distúrbios do fibrinogênio.
>> Fibrinogênio (FIB): determina quantitativamente o Fibrinogênio. Trata-se de um teste de rotina para determinação de sangramento e trombose utilizado no monitoramento de diabetes, infarto agudo do miocárdio, doenças infecciosas agudas, fibrinólise primária, hepatite grave e cirrose.
Parcerias público-privada nas áreas de saúde
A Celer Biotecnologia possui próximo relacionamento com universidades e centros de pesquisas, se mantendo constantemente atualizada às mudanças no setor. Desta forma, oferece aos clientes produtos e soluções sempre com a mais moderna tecnologia. E, alinhada com os princípios de solidariedade científica, a Celer investe no crescimento científico no Brasil, contribuindo para estudos e projetos das áreas de diagnóstico clínico humano e veterinário.
No setor de diagnóstico humano, a Celer colaborou, em 2020, para pesquisas voltadas para o entendimento sobre a pandemia do novo coronavírus. Foram doadas 1200 unidades do One Step Covid-19, teste rápido para diagnóstico de Sars-CoV-2, para a realização de um estudo soroepidemiológico realizado pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) com crianças em idade pré-escolar e escolar das cidades de Mariana e Ouro Preto, em Minas Gerais. Outras 500 unidades foram doadas também à instituição para serem utilizadas em uma pesquisa para retratar a evolução da epidemia em Antônio Pereira, distrito do município de Ouro Preto (MG).
Coordenadora das duas pesquisas beneficiadas pela doação dos testes rápidos de uso veterinário, a professora da UFMG Fabiola Paes Leme reforça a importância dessas parcerias firmadas entre setor privado e universidades. “As parcerias público-privadas têm sido essenciais para a consolidação do delineamento experimental proposta para a ciência de alta qualidade almejada pela instituição”.
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