Atualmente, muitos biomarcadores são utilizados para investigação e monitoramento de quadros de infecção e sepse, mas poucos são utilizados na prática clínica devido ao custo, tempo de resultado e confiabilidade do teste. Dentre estes poucos, estão a Proteína C Reativa (PCR) e a Procalcitonina (PCT), por possuírem mais sensibilidade e especificidade nos resultados.
Em condições normais, a PCT está presente em concentrações muito baixas na circulação, permanecendo no interior das células como principal peptídeo precursor da calcitonina (hormônio produzido pela tireoide, cuja função é controlar a quantidade de cálcio que circula na corrente sanguínea). Geralmente, os níveis de PCT aumentam significativamente em infecções bacterianas, enquanto permanecem mais baixos em infecções virais. Estes níveis elevados podem permanecer por um período mais prolongado, mesmo após o controle da infecção.
Em contrapartida, os níveis de PCR podem aumentar em resposta a qualquer processo inflamatório, seja ele causado por infecções bacterianas ou virais, doenças autoimunes ou lesões teciduais. Seus níveis sobem rapidamente atingindo o pico em cerca de 48 horas. Eles também podem diminuir rapidamente quando a causa da inflamação é controlada. Desta forma, a PCR costuma ser utilizada como um marcador geral de inflamação.
Organizamos a seguir algumas das principais diferenças entre a aplicação dos dois tipos de biomarcadores:
Teste de PCR:
- O teste de PCR é frequentemente utilizado como um marcador de inflamação geral.
- É útil em uma variedade de situações clínicas, incluindo:
– Avaliação e monitoramento de doenças inflamatórias crônicas, como artrite reumatoide, doença inflamatória intestinal, entre outras.
– Identificação e monitoramento de processos inflamatórios agudos, como infecções, lesões teciduais, doenças autoimunes, entre outros. - Pode ser usado para avaliar a gravidade de uma condição inflamatória e a resposta ao tratamento ao longo do tempo
Teste de PCT:
- O teste de PCT é utilizado principalmente para ajudar na diferenciação entre infecções bacterianas graves e outras causas de inflamação;
- É particularmente útil em cenários onde há suspeita de sepse ou outras infecções bacterianas sistêmicas;
- Pode ser usado para orientar a decisão de iniciar, continuar ou interromper o tratamento com antibióticos.
- É comumente empregado em ambientes hospitalares, especialmente em unidades de terapia intensiva, para auxiliar na gestão de pacientes críticos.
Ambos os testes são úteis em contextos clínicos específicos e podem ser utilizados em conjunto para fornecer informações mais abrangentes sobre o estado inflamatório e infeccioso de um paciente. Contudo, é importante ressaltar que a interpretação dos resultados deve ser feita por profissionais de saúde, considerando o histórico clínico e outros dados do paciente.
Pensando nisso, a Celer possui em seu portfólio os testes de PCR e PCT que são realizados através da metodologia de imunofluorescência, com resultados precisos entregues em apenas 15 minutos, proporcionando segurança e agilidade em atendimentos onde o tempo e o cuidado fazem toda a diferença.
Referências:
https://pebmed.com.br/como-usar-a-procalcitonina-e-a-pcr-na-pratica-clinica/
https://blog.curem.com.br/podcast/pcr-ou-procalcitonina-elevadas-definem-infeccao-bacteriana/
https://www.scielo.br/j/jbpml/a/J3RFbGNGP77gPvZs3HQvtwJ/https://lume.ufrgs.br/handle/10183/148096