13 de agosto de 2021

Pancreatite em cães de pequeno porte

A pancreatite canina é uma doença muito grave, dolorosa e bastante debilitante. Ela ocorre a partir de uma inflamação no pâncreas, que é um órgão […]

A pancreatite canina é uma doença muito grave, dolorosa e bastante debilitante. Ela ocorre a partir de uma inflamação no pâncreas, que é um órgão fundamental para o equilíbrio do organismo e responsável por importantes funções do corpo do animal.

O pâncreas está localizado no abdômen, próximo ao estômago e ao fígado, e possui dois tipos de tecidos:

  • Um com função exócrina – responsável pela produção de enzimas que ajudam na digestão e absorção dos alimentos;
  • O outro, com função endócrina – atua na síntese de hormônios, como a insulina e o glucagon, que controlam os níveis de glicose no sangue.

Em cachorros, a pancreatite pode resultar de uma ingestão excessiva de carboidratos e gorduras, que leva a uma sobrecarga no pâncreas. Outras causas estão relacionadas a doenças sistêmicas crônicas, como neoplasias, distúrbios hormonais (principalmente o Diabetes mellitus), obesidade, hipotireoidismo e o Hiperadrenocorticismo – patologia que causa liberação exagerada de cortisol (hormônio do estresse) na circulação sanguínea.

 

Sintomas

Os sinais clínicos mais comuns da pancreatite canina são: vômitos, diarreias, febre, dor abdominal, abdômen inchado ou enrijecido, falta de apetite, desidratação (devido à diarreia), fraqueza e emagrecimento progressivo, dificuldade para respirar e aumento ou diminuição da ingestão de água. Para aliviar a dor, o cachorro tende a ficar em posição de prece – abaixa as patas dianteiras e mantém as traseiras levantadas. Além disso, o sofrimento e o desconforto causados pela inflamação podem levar à depressão e à apatia do animal.

A pancreatite canina afeta o tecido exócrino, provocando lesão e inflamação. Como resultado, as enzimas digestivas armazenadas no órgão começam a fazer uma autodigestão do pâncreas e a destruir o próprio órgão. Com o avanço da doença, o pâncreas interrompe a produção de insulina, o que leva a diabetes.

A patologia pode ocorrer de forma aguda ou crônica. A pancreatite aguda se apresenta de duas formas: como um inchaço leve ou enrijecimento do abdômen, ou hemorrágica, mais grave. Caso a inflamação promova um espalhamento das enzimas digestivas do pâncreas na cavidade abdominal, podem ocorrer danos secundários no fígado, nos dutos biliares, na vesícula biliar e nos intestinos. Se não tratada, a pancreatite aguda pode levar a complicações – coagulação intravascular disseminada, falência renal, arritmias cardíacas, choque e peritonite. Já a pancreatite crônica, ou recorrente, se dá quando alguns animais se recuperam de um episódio agudo, mas continuam a ter episódios periódicos da doença. 

 

Pancreatite em cães de pequeno porte

A pancreatite pode afetar quaisquer tipos de cachorros, de diferentes idades e sexos. Contudo, algumas raças parecem estar mais predispostas à patologia, como Schnauzers em miniatura, Cocker spaniels, Poodles em miniatura e Dachshunds. Para prevenir a doença, os tutores de animais destas raças devem ter atenção redobrada com a alimentação de seus cães e buscar atendimento veterinário caso apareçam alguns dos sintomas.

 

Diagnóstico da pancreatite canina

A pancreatite canina tem cura, mas pode ser fatal, caso não seja diagnosticada rapidamente. Um dos exames mais utilizados para diagnosticar e monitorar a pancreatite aguda é a dosagem no sangue dos cães de amilase – enzima pancreática responsável pela digestão de carboidratos.

Em artigo publicado nos Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR (2017), autores destacam que para auxiliar o médico veterinário a confirmar o diagnóstico “é importante a dosagem das enzimas marcadoras de lesão pancreática – amilase e lipase, uma vez que seu aumento simultâneo é específico de pancreatite”. O posicionamento é semelhante ao apontado por De Oliveira (2009), “Para que se consiga formar um diagnóstico confiável, os exames laboratoriais são indispensáveis. Os testes de avaliação sérica de amilase e o teste de lipase são os mais confiáveis para o diagnóstico de pancreatite”. 

Pensando nisso, a Celer oferece dois produtos rápidos, práticos e precisos para serem utilizados como ferramentas de auxílio e monitoramento ao diagnóstico de pancreatite canina: o BS α-Amilase Teste Quantitativo Vet, que é indicado para a determinação quantitativa in vitro da concentração de α-amilase no soro/plasma animal e o BS Lipase Teste Quantitativo Vet, recomendado para o levantamento da concentração quantitativa in vitro de Lipase no soro/plasma animal. Ambos devem ser utilizados em conjunto com o Analisador de Bioquímica Seca – Vet. 

 

Mais informações sobre os equipamentos de diagnóstico da Celer, entre em contato com a nossa equipe pelo telefone (31) 3413-0814.

Referências bibliográficas

DE OLIVEIRA, Rafael Farias. Clínica Médica e Cirúrgica de Pequenos Animais: Pancreatite Aguda Canina. 2009. 88f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Medicina Veterinária). Universidade Federal de Goiás: Jataí, 2009.

DE ALMEIDA MOREIRA, Thaís; GUNDIM, Lígia Fernandes; MEDEIROS, Alessandra Aparecida. Patologias pancreáticas em cães: revisão de literatura. Arquivos de Ciências Veterinárias e Zoologia da UNIPAR, v. 20, n. 2, Umuarama: p. 109-115, abr./jun. 2017 

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