A primeira epidemia de dengue com documentação clínica e laboratorial aconteceu entre 1981 e 1982 em Boa Vista, capital de Roraima, causada pelos sorotipos DENV-1 e DENV-2. Em 1986, a doença chegou ao Rio de Janeiro (DENV-1) e de lá espalhou-se para outros Estados. Passados 36 anos, o país volta a vivenciar uma situação alarmante. Apenas entre 2 de janeiro e 18 de junho de 2022, foram registrados 1.172.882 casos, 119% a mais que no ano anterior, quando foram contabilizados 534.743 casos. Foram 585 mortes confirmadas, 137% a mais que os 246 óbitos contabilizados em 2021, com destaque para São Paulo (200), Santa Catarina (66), Paraná (60), Rio Grande do Sul (57) e Goiás (55).
Entre as causas desse aumento estão o período chuvoso prolongado no início do ano e a redução das campanhas de conscientização e dos serviços de controle epidemiológico, que diminuíram em função da pandemia de Covid-19. Com a proximidade de um novo período chuvoso, tem aumentado a preocupação do poder público em relação ao avanço da doença. Em muitos Estados as ações têm sido retomadas, mas a contribuição da população é fundamental para reverter a situação.
Números Alarmantes
Neste ano, o Centro-Oeste apresentou a maior taxa de incidência de dengue, com 1.629,9 casos/100 mil hab., seguida das Regiões: Sul (983,9 casos/100 mil hab.), Sudeste (440,7 casos/100 mil hab.), Nordeste (284,8 casos/100 mil hab.) e Norte (223,2 casos/100 mil hab.) até junho.
As cidades que apresentaram os maiores registros foram: Brasília/DF, com 54.865 casos (1.773,1 casos/100 mil hab.); Goiânia/GO, com 42.567 casos (2.736,3 /100 mil hab.); Joinville, com 25.368 (4.195,1 casos/100 mil hab.); Aparecida de Goiânia, com 16.833 casos (2.796,9 casos/100 mil hab.); São José do Rio Preto, com 15.726 casos (3.351,9/100 mil hab.); e Palmas, com 13.783 (4.398,6/100 mil hab.).
Dengue
A dengue é uma doença infecciosa febril aguda causada por um vírus da família Flaviviridae, do gênero Flavirírus, que apresenta quatro sorotipos já identificados (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4). No Brasil, o vetor da doença é a fêmea do mosquito Aedes aegypti que, uma vez infectada, pode transmitir a doença nas formas clássica ou hemorrágica para o humano.
O controle da doença se dá pela redução da população do mosquito Aedes aegypti, por meio de ações epidemiológicas e pela adoção de medidas de limpeza urbana e das edificações privadas, para eliminar qualquer possibilidade de reprodução do vetor.
Solução de Diagnóstico
A Celer Biotecnologia tem no seu portfólio o Celer One Step Dengue NS1 Ag Test, que permite diagnosticar a doença logo no primeiro dia de sintomas, com resultados em até 15 minutos. É possível usar sangue venoso, soro ou plasma no teste.
Clique aqui e saiba mais.
Referência Bibliográfica
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Coordenação-Geral de Vigilância das Arboviroses do Departamento de Imunização e Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGARB/DEIDT/SVS). Monitoramento dos casos de arboviroses até a semana epidemiológica 24 de 2022. Boletim Epidemiológico Volume 53. Brasília. 2022. Disponível em: <file:///C:/Users/Usuario/Downloads/boletim-epidemiologico-vol-53-no24%20(1).pdf>. Acesso em: 15 set 2022.
GLOBO. Casos de dengue, zica e Chikungunya crescem 440% no Maranhão. Rio de Janeiro. 2022. Disponível em: <https://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2022/08/24/casos-de-dengue-zika-e-chikungunya-crescem-440percent-no-maranhao.ghtml>. Acesso em: 15 set 2022.
CORREIO BRAZILIENSE. Casos de dengue explodem no DF; aumento é de 410% de janeiro a agosto de 2022. Disponível em: <https://www.correiobraziliense.com.br/cidades-df/2022/08/5032302-casos-de-dengue-explodem-no-df-aumento-e-de-410-de-janeiro-a-agosto-de-2022.html>. Acesso em 16 set 2022.