O primeiro relato de hipertireoidismo felino foi em 1979, desde então houve um aumento progressivo do diagnóstico desta doença que hoje é considerada a principal doença endócrina da espécie felina, sendo mais prevalente entre gatos idosos.
O hipertireoidismo é o resultado da alta quantidade de hormônios tireoidianos produzidos decorrentes de um funcionamento anormal da glândula tireoide. Considerada uma doença gradual e multifatorial, o hipertireoidismo pode aparecer proveniente de fatores genéticos, ambientais e nutricionais. Alimentos com alta concentração de selênio, baixo teor de iodo na dieta, flavonoides e desreguladores endócrinos presentes nos alimentos como BPA e PBDEs destacam-se como os principais fatores de risco.
Os sintomas clínicos mais notados são:
- Perda de peso e desnutrição, ainda que o gato ingira bastante alimento, acaba sofrendo com o emagrecimento pois o gasto metabólico é muito grande;
- Vômitos, em decorrência da rápida ingestão de alimentos;
- Diarreia, uma vez que o hipertireoidismo aumenta o fluxo gastrointestinal;
- Hiperatividade, tremores, insônia e postura de alerta também são sinais decorrentes do excesso de hormônios tireoidianos;
- Na pele podem ser observadas mudança da coloração do pelo, seborreia e pelagem descuidada com aspecto feio.
Se tratando de patologia clínica, alguns achados laboratoriais podem ser observados nos animais doentes. São eles:
- Eritrocitose e macrocitose, no hemograma;
- Elevação das enzimas ALT, AST e GGT no perfil bioquímico;
- T4 aumentado no perfil hormonal.
Para os principais achados laboratoriais acima citados, a Celer possui soluções que entregam resultados confiáveis para apoiar um diagnóstico preciso do hipertireoidismo felino através dos equipamentos Hematologia Celer Vet, Bioquímica Seca Veterinária e Finecare Veterinário.
Outros exames como palpação da tireoide e ultrassom também podem ser solicitados para fechar diagnóstico.
Tratamento
O tratamento para a doença é feito através de medicamentos e com abordagem individualizada para cada paciente levando em conta a idade, presença de outras doenças e gravidade do quadro, podendo haver necessidade de intervenção cirúrgica ou não. O diagnóstico precoce favorece o prognóstico do paciente e, além de barrar a progressão da doença, evita que outros sinais clínicos apareçam como acometimento de órgãos vitais como rins e coração.
Embora não haja um protocolo preventivo para esta doença, cuidar da alimentação do animal é essencial uma vez que substâncias presentes em alguns alimentos são conhecidas como fatores de risco importantes.