Geralmente, as reações alérgicas ou de intolerância de origem alimentar são bastante parecidas. Pessoas que sentem desconfortos após ingerir glúten, proteína presente em diversos cereais como trigo, centeio de cevada, também têm esse tipo de experiência desagradável.
Embora já exista até um Dia Mundial de Conscientização sobre Doença Celíaca, celebrado neste mês, no dia 16, o diagnóstico da doença ainda é uma barreira a ser vencida para que o tratamento seja acessível a todos que necessitam. Autoimune e sem cura, a doença compromete a saúde de cerca de mais de dois milhões de brasileiros, segundo a última estimativa da Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra).
Em todo o planeta, são 78 milhões de pacientes, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). Como o diagnóstico não é específico e a testagem é baixa, um prognóstico preciso sobre os casos ainda é um obstáculo a se vencer.
Doença Celíaca
Embora o trigo seja usado como alimento há séculos, as proteínas do glúten têm a capacidade de desencadear respostas imunes e reações de hipersensibilidade em indivíduos geneticamente suscetíveis por meio de três doenças relacionadas a essa proteína. São elas a doença celíaca (DC), a alergia ao trigo (AT) e a sensibilidade ao glúten não celíaca (SGNC).
No caso da DC, o mecanismo de ação envolvido inclui uma resposta de células T de defesa do próprio organismo diante do estímulo desencadeado por peptídeos derivados do glúten. Por outro lado, a AT é uma resposta inflamatória mediata por IgE, imunoglobulina envolvida em reações alérgicas, contra as proteínas do trigo. Por fim, os mecanismos de ação envolvidos na SGNC não estão completamente elucidados, mas a comunidade científica aponta que não se trata de um processo alérgico ou autoimune.
Sintomas
Existem mais de 200 sintomas relacionados à DC, que podem variar desde uma queda de cabelo, unhas frágeis, dermatite herpetiforme, até sintomas mais importantes como diarreia, constipação, distensão abdominal, quadros de ansiedade e depressão, enxaqueca, déficit de crescimento nas crianças, infertilidade e neuropatias.
Diagnóstico
O diagnóstico de doença celíaca é feito por meio da análise clínica dos sintomas apresentados pelo paciente e pelo histórico familiar, visto que a doença tem causa principalmente genética.
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Referências Bibliográficas
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NUTRIÇÃO. Celíacos: faltam estatísticas e protocolos no Brasil.
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PEDROSA, Deborah Evelyn Miranda Medeiros et al. Doença Celíaca X Sensibilidade ao Glúten Não Celíaca. In. Brazilian Journal of Development, v.8, n.3, p. 16.175-16194. 2022. Curitiba. Disponível em: < https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/44822/0> Acesso em: 19 mai 2022. Acesso em: 19 mai 2022.
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