Parto prematuro é aquele que ocorre antes de 37 semanas de gestação. Dentre os recém-nascidos que nascem prematuros, há dois grupos distintos, os chamados prematuros tardios (quando ocorre o nascimento entre 34 e 37 semanas) e os prematuros precoces (com nascimento abaixo de 34 semanas) . Dentro do grupo dos prematuros precoces, temos ainda os prematuros extremos, quando o parto ocorre antes de 28 semanas.
Do ponto de vista de sobrevida, riscos, complicações ao nascimento e sequelas a longo prazo, os distintos grupos apresentam muitas diferenças, sendo os prematuros mais extremos o grupo com maiores repercussões.
A prematuridade é um enorme problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Estima-se que todos os anos, cerca de 15 milhões de bebês nascem prematuros. As complicações representam a principal causa de morte entre crianças menores de 5 anos, responsáveis por aproximadamente 1 milhão de óbitos em 2015.
O Brasil está entre os 10 países com maiores números de nascimentos prematuros no mundo. E esse alto índice de prematuridade representa um enorme problema saúde pública, uma vez que os serviços de internação, seguimento e tratamento desses recém-nascidos são escassos. Mesmo em cenários de medicina privada, os custos da prematuridade são exorbitantes e representam um dos principais problemas na assistência obstétrica nacional.
São três as principais causas de prematuridade: o trabalho de parto prematuro espontâneo, a rotura prematura das membranas ovulares pré-termo (RPMO-PT) e a prematuridade terapêutica (quando alguma condição mórbida materna e/ou fetal ocasiona a antecipação do parto).
Sabemos que existem recursos eficazes e a um custo razoável, para predição (como é o caso da ultrassonografia do colo) e prevenção da prematuridade (uso da progesterona, cerclagem e pessário), porém, não vemos na prática clínica, a utilização adequada e rotineira destes recursos. Também existem métodos eficazes, com alta sensibilidade e especificidade para o diagnóstico da RPMO-PT (detecção de IGFPB-1 por exemplo), em casos de dúvida quanto ao diagnóstico clínico.
Após o diagnóstico do risco de um futuro parto prematuro, as intervenções preventivas e terapêuticas, bem como um seguimento atento e seguindo os conhecimentos científicos atuais devem ser o norte para redução de desfechos adversos no recém-nascido.
Solução de diagnóstico
A linha Saúde Feminina da Celer tem dois exames que detectam com precisão fatores de risco para o parto prematuro. O primeiro deles é o Amnioquick, que mede os níveis de IGFBP-1 (fluido amniótico) na amostragem vaginal, algo nem sempre perceptível durante o exame físico da gestante. Esse biomarcador sinaliza para a ruptura das membranas fetais e deve ser usado a partir do final do primeiro trimestre de gravidez.
Outro produto da mesma linha é o Premaquick, teste rápido preditivo de parto prematuro que combina os biomarcadores IGFBP-1 Natural, que mostra a ativação do miométrio; IGFBP-1 Total, que demonstra o estado de maturidade do colo do útero; e Interleucina 6, que detecta a presença de inflamação, para um diagnóstico do parto prematuro.
Referências utilizadas:
Liu L, Oza S, Hogan D, Chu Y, Perin J, Zhu J, et al. Global, regional, and national causes of under-5 mortality in 2000–15: an updated systematic analysis with implications for the Sustainable Development Goals. Lancet. 2016;388(10063):3027-35.
Blencowe H, Cousens S, Oestergaard M, Chou D, Moller AB, Narwal R, Adler A, Garcia CV, Rohde S, Say L, Lawn JE. National, regional and global estimates of preterm birth. The Lancet, June 2012. 9;379(9832):2162-72. 2010 estimates.
Preterm birth. 2018. Available in: www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/preterm-birth.
Manual de gestação de alto risco [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Departamento de Ações Programáticas. – Brasília : Ministério da Saúde, 2022.