Para viabilizar o diagnóstico definitivo da infecção pelo novo coronavírus, a Celer Biotecnologia importou da China os testes PCR para COVID-19 (teste de Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real – qPCR, com o nome de RT-PCR SARS-COV-2), já aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para a comercialização no Brasil. Baseado em técnicas de biologia molecular, o teste identifica o vírus no organismo em cerca de 45 minutos.
O teste busca no paciente uma determinada parte do vírus, especificamente através da pesquisa do seu material genético. Nesse sentido, deve ser realizado a partir do 2º dia após suspeita do contágio, haja vista que nesse intervalo o vírus já conseguiu se replicar mais vezes no organismo infectado, e então sua presença é seguramente confirmada.
Além disso, por sua alta sensibilidade e a possibilidade de perceber a presença do vírus da COVID-19 diretamente, é um método pertinente para o diagnóstico tanto de pacientes com sintomas típicos da doença quanto de pacientes assintomáticos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC), no caso do SARS-CoV-2, o material genético é o ácido ribonucleico (RNA), e a estrutura que protege o ácido nucleico viral é bem estabelecida. Nesse contexto, através de técnicas de biologia molecular, como a PCR, é possível encontrar o ácido nucleico RNA e, por isso, é considerado como o teste padrão ouro em relação ao vírus.
Geralmente, os testes de PCR demandam diversas etapas para o processamento amostral, levando mais tempo para serem executados. Diante disso, o equipamento Celer Sansure iPonatic permite processar a amostra e realizar o teste no mesmo equipamento, otimizando as análises. Assim, tem-se uma maior segurança para o profissional envolvido e uma maior economia de tempo. Ademais, ele garante que esse processo seja mais rápido quando comparado a outros exames de PCR, diminuindo para uma hora o que levaria de três a cinco horas.
Como são feitos os testes PCR para COVID-19?
É válido destacar que, por lidar com uma doença infecto-contagiosa, o teste de PCR deve ser executado em um laboratório de nível 2 de biossegurança por profissionais devidamente capacitados, seguindo as diretrizes do fabricante.
De início, são coletadas em secreções das vias aéreas do paciente, que podem ser swab de nasofaringe e/ou orofaringe e lavado broncoalveolar. Em seguida, o profissional realiza a extração do material genético contido na secreção que é utilizado na técnica de PCR.
Sendo assim, o método de PCR consiste na ação de reagentes (sondas e iniciadores) capazes de identificar e copiar regiões específicas do material genético do novo coronavírus. Portanto, se houver partículas virais na amostra coletada, ocorre a emissão de fluorescência, lida pelo equipamento durante a reação de PCR. Assim, a presença do vírus na infecção é confirmada.
Resultado falso negativo em PCR
Vários fatores podem causar um resultado falso negativo na PCR. Por isso, um resultado negativo não pode ser critério absoluto de exclusão de SARS-CoV-2. Dados clínicos, epidemiológicos entre outros devem ser considerados.
Fatores que influenciam o resultado por PCR:
- Comprometimento da qualidade da amostra, seja por coleta inadequada, armazenamento ou transporte incorreto;
- Amostra coletada tardiamente ou muito cedo, quando há carga viral muito baixa, abaixo do limite de detecção do teste;
- Razões técnicas inerentes ao teste, como mutação do vírus ou inibidores de PCR.
Alguns estudos evidenciam que a carga viral é variável ao longo da infecção, podendo ser indetectável pela PCR em alguns momentos. Além disso, pacientes assintomáticos podem apresentar carga viral similar à de pacientes sintomáticos. O Ministério da Saúde também ressalta essa possibilidade nas diretrizes para diagnóstico e tratamento da COVID-19, de 6 abril de 2020.