Desde o início da pandemia, quando ainda não havia perspectivas de vacina, o isolamento social, o uso de máscaras e a testagem em massa faziam parte das estratégias de combate ao coronavírus. Em vários países do mundo, sobretudo na Europa, essas ações foram fundamentais para desacelerar a disseminação do vírus e evitar números de casos e óbitos ainda maiores. Com a chegada das vacinas e reabertura das atividades comerciais e sociais, as testagens em massa se tornam uma ferramenta para rastreamento e monitoramento de novos casos em locais onde a pandemia está estabilizada.
No Brasil, os testes em massa foram realizados como projetos-piloto, por meio de parcerias entre prefeituras municipais no interior do país, institutos de pesquisas e laboratórios – como o caso de Taquaritinga e Batatais (SP)¹. Expandir os testes sempre foi um desafio – reflexo da desigualdade social², seja pela falta de recursos, alta demanda dos laboratórios, escassez de insumos ou planejamento governamental ineficiente². A falta de testes em massa reflete em subnotificações de casos e compromete a definição de estratégicas de combate à doença.
Testagem em massa ao redor do mundo
Em março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) fez um apelo aos países para que aplicassem testes em massa e isolassem todos os infectados com o objetivo de quebrar a cadeia de transmissão. Como destaca o periódico Radis, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)³, o protocolo brasileiro tem sido testar apenas casos mais graves e, desta forma, infectados assintomáticos ou com sintomas leves não tomam conhecimento de suas condições clínicas, consequentemente, não permanecem isolados.
Ao contrário do Brasil, outros países seguiram à risca as orientações da OMS, entre eles, a Coreia do Sul. Como estratégia, o país asiático ofereceu testes a todos os casos suspeitos, sendo considerado um exemplo de como lidar com a pandemia de COVID-19. De acordo com o periódico da Fiocruz³, Coreia do Sul e Estados Unidos anunciaram o primeiro caso da doença no mesmo dia, 20 de janeiro de 2020. No entanto, em meados de março de 2020, os americanos tinham testado 4,3 mil pessoas, e os sul-coreanos, 196 mil no mesmo período. Apesar do alto número de casos de infectados (8.162), o total de óbitos na Coreia foi de 75 nos primeiros três meses de pandemia – 2.004 mortes até junho de 2021, segundo gráfico atualizado da Reuters. China e Singapura também seguiram a mesma estratégia.
De acordo com um levantamento bibliográfico da UFBA², a Nova Zelândia conseguiu controlar a pandemia no seu território e eliminar a transmissão comunitária ao aliar o isolamento social à testagem em ampla escala para rastreamento e detecção rápida de casos e contactantes, além da implementação de quarentena. As ações de testagem em massa na Austrália refletiram na baixa taxa de letalidade ao longo dos meses – em junho de 2021, o país acumulava 910 mortes, de acordo com a Reuters. .
Segundo o mesmo levantamento, a Alemanha foi um dos países que mais teve sucesso com a estratégia, mostrando uma reposta rápida e coordenada associada à testagem de forma descentralizada, incluindo desde o início da pandemia os pacientes mais jovens e os casos com sintomas leves.
Testes rápidos como ferramenta estratégica
A descentralização da testagem é uma estratégia fundamental para o aumento de detecção de novos casos de COVID-19 no Brasil, conforme destacam os pesquisadores da UFBA neste artigo². Eles pontuam que, no Brasil, foram realizadas algumas ações que tinham como objetivo ampliar a testagem, como a aprovação da Anvisa para aplicação de testes rápidos em farmácias.
Esses testes rápidos (conhecidos como Point of Care) são exames de baixa complexidade, que podem ser realizados por meio de equipamentos portáteis disponibilizados fora da área do laboratório de análises clínicas convencionais. A tecnologia possibilita o acesso ágil aos resultados e diagnósticos, e consequentemente, acelera a tomada de decisões e o início do monitoramento dos casos de COVID-19.
Apesar de ter adotado medidas tardias para achatar a curva da transmissão, o Reino Unido conseguiu reverter o cenário ao adotar um outro protocolo de vigilância de testagem sorológica². Hoje, o país registra as maiores taxas de vacinação e apresenta quedas nos números de mortes por COVID-19. Os testes rápidos agora cumprem um novo papel na região.
Para se preparar para a reabertura, o governo britânico preparou um plano que consiste na testagem em massa da população para rastrear a pandemia e não ser preciso dar um passo atrás e retomar o lockdown. Com o plano colocado em prática, os ingleses podem ser testados duas vezes por semana por meio de testes rápidos enviados para as residências ou locais de trabalho ou retirados em farmácias.
Celer investe em soluções em testagem
Referência no desenvolvimento e comercialização de soluções em diagnóstico clínico humano e veterinário, a Celer Biotecnologia tem investido na ampliação de seu portfólio de equipamentos aliados ao combate do coronavírus desde o início da pandemia.
A Celer Biotecnologia possui em seu portfólio os mais inovadores equipamentos e soluções para o setor
de diagnóstico clínico. Entre suas linhas de analisadores citamos o Finecare, um equipamento point of care (POCT) capaz de realizar dezenas de testes rápidos diferentes e de forma simultânea por meio da metodologia de imunofluorescência. É possível detectar diversos tipos de patologias como infecções, além de doenças cardiovasculares e renais, tumores e diabetes. O portfólio da Celer conta ainda com outros testes para alerta do estado imunológico e produção de anticorpos RBD e IgM/IgG.
Para saber mais sobre as nossas linhas de testes para COVID-19, acesse o site da Celer ou entre em contato com a nossa equipe.
¹ GOVERNO DE SÃO PAULO. Butantan lança projeto em Batatais e Taquaritinga para mapear transmissão da COVID-19. Disponível em: < https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/orgaos-governamentais/instituto-butantan/butantan-lanca-projeto-em-batatais-e-taquaritinga-para-mapear-transmissao-da-covid-19>. Acesso em: 21 de jun. 2021.
³ FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Radis Comunicação e Saúde. Disponível em: < https://www.arca.fiocruz.br/bitstream/icict/40595/2/Radis211-Sumula.pdf> . Acesso em: 21 de jun. 2021.
² MAGNO, L. et al. Desafios e propostas para ampliação da testagem e diagnóstico para COVID-19 no Brasil. Cien Saude Colet. Disponível em: <http://www.cienciaesaudecoletiva.com.br/artigos/desafios-e-propostas-para-ampliacao-da-testagem-e-diagnostico-para-covid19-no-brasil/17602?id=17602>. Acesso em: 21 de jun. 2021.