Pouca gente resiste ao olhar pidão de um cachorro. Com jeitinho, eles conseguem até a comida do prato, do café da manhã até o jantar. De pedacinho em pedacinho, experimentam um pouco de tudo que passa pela cozinha da casa, o que pode trazer satisfação para a gula do animal, mas não necessariamente para a sua saúde.
Com essa dieta “experimental”, o cão começa a engordar e, embora possa parecer mais fofinho, na verdade, pode estar doente, já que o sobrepeso é um problema que pode comprometer gravemente a saúde do melhor amigo. Assim, além de aprender a identificar esse caso e seus sinais, os tutores devem mudar de atitude e ter em mente que, nem sempre, comida de gente é a mais indicada para o pet.
Obesidade canina
A obesidade canina acomete entre 20% e 40% dos cães, em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Geralmente, é constatada quando o melhor amigo tem mais de 15% de sobrepeso em comparação com a característica original da raça.
A principal causa é a alteração do comportamento alimentar, quando o animal ingere alimentos com altos níveis energéticos ou em grande quantidade, um problema causado pelo tutor, que oferece comida desbalanceada, petiscos e guloseimas para o animal.
A obesidade canina também pode ser resultado de um problema endocrinológico, como hipotireoidismo, hiperadrenocorticismo, hiperinsulinismo, insulinoma e diabetes mellitus. Doenças que, entre outros sintomas, também alteram o peso do animal.
Sintomas
Além do aumento de peso, o que fica perceptível a olho nu, há sinais que devem ser observados pelo tutor. São eles: cansaço físico ao tentar andar ou correr, dificuldade para se levantar, se locomover ou respirar e comportamento sedentário.
Diagnóstico
Ao observar os sintomas, é importante acionar o veterinário de confiança, para que ele possa avaliar o quadro e prescrever um tratamento o quanto antes. Um dos métodos usados para diagnosticar o problema é o Escore de Condição Corporal (ECC), onde se avaliam as características corporais baseando-se na inspeção e palpação da camada de gordura corporal, a partir de escalas numéricas que variam de 1 a 9. No caso do sobrepeso, a variação é de sete a 10, quando as costelas do animal não só não aparecem, como são dificilmente detectáveis com o toque. Também não há reentrância abdominal.
Além do exame clínico, há testes laboratoriais que podem auxiliar no diagnóstico e no prognóstico dessa doença e que devem ser realizados periodicamente para avaliar o resultado do tratamento.
Solução de diagnóstico
O equipamento Finecare da Celer é uma solução completa para exames laboratoriais em pets. Por meio de uma plataforma de testes de imunofluorescência, realiza 9 tipos de procedimentos, como o HbA1C (hemoglobina glicada), usado para confirmar diagnóstico de obesidade canina.
O equipamento tem sistema de controle de temperatura integrado e permite análise de amostras de sangue total, plasma ou soro, com leitura do resultado entre 3 e 15 minutos.
Referências Bibliográficas
DROGAVET. Obesidade canina: como identificar e prevenir. Brasil. 2019. Disponível em: <https://www.drogavet.com.br/caes/obesidade-canina-como-identificar-e-prevenir/#:~:text=O%20que%20%C3%A9%20a%20obesidade,peso%20ideal%20para%20a%20ra%C3%A7a>. Acesso em: 04 abr. 2022.
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