Segundo dados da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), o câncer é a segunda causa de morte no mundo, com 9,6 milhões de óbitos apenas em 2018. Nas Américas, foram 1,2 milhão de mortes, das quais 40% poderiam ter sido prevenidas com o controle dos fatores de risco, e 30% poderiam ter sido curados se houvesse detecção precoce e tratamento adequado.
Aproximadamente 70% das mortes causadas pela doença acontecem em países de baixa ou média renda, onde o acesso ao diagnóstico e tratamento são limitados ou tardios, aumentando a gravidade dos casos. Assim, é importante que a pessoa observe suas condições de saúde o quanto antes e procure atendimento médico para um diagnóstico precoce, principalmente quando se trata de câncer de fígado, uma doença que em 80% dos casos é agressiva, levando a óbito 10.902 brasileiros em 2019.
Câncer de fígado
O câncer de fígado é uma doença que se apresenta de duas formas, podendo se desenvolver no próprio órgão ou atingi-lo em uma situação de metástase. O problema também pode se originar nos dutos biliares ou, mais raramente, nos vasos sanguíneos do fígado.
Sintomas
O câncer de fígado tem sintomas muito característicos que, observados precocemente, podem auxiliar no controle ou cura da doença. São eles:
- dor abdominal,
- massa abdominal,
- distensão abdominal,
- perda de peso inexplicada,
- perda de apetite,
- mal-estar,
- icterícia (tonalidade amarelada na pele e nos olhos),
- ascite (acúmulo de líquido no abdômen).
Diagnóstico
O diagnóstico de câncer de fígado pode ser feito a partir da investigação com exames clínicos, laboratoriais ou radiológicos em pessoas que apresentam sinais e sintomas sugestivos da doença (diagnóstico precoce), ou por meio de procedimentos periódicos em pessoas que, embora não tenham sinais ou sintomas, pertencem a grupos com maior risco de desenvolver a doença.
Entre os exames laboratoriais indicados, destaca-se a dosagem sérica de alfafetoproteína (AFP), indicado para pacientes com suspeita de câncer hepático nas duas modalidades: primária ou secundária. Esta proteína é normalmente produzida por células hepáticas imaturas do feto, e atinge o nível considerado ideal quando a criança completa um ano de vida.
O nível considerado normal é abaixo de 10 ng/mL. Já acima de 500 ng/mL, sinaliza para câncer de fígado – para casos originários ou metástase -, e para a existência de tumores em células germinativas, como neoplasias nos testículos ou ovários.
O teste também é indicado para pacientes que estão ou finalizaram o tratamento da doença e, dependendo dos casos, para pessoas que têm hepatite ou cirrose.
Solução de Diagnóstico Celer
O AFP Teste Quantitativo utiliza a metodologia de imuno detecção por fluorescência. Anticorpos marcados com fluorescência se ligam ao antígeno AFP presente na amostra.
O exame pode ser feito com soro, plasma ou sangue total, com a recomendação de uso dos anticoagulantes Citrato de Sódio, Heparina ou EDTA; para melhores resultados. A análise da amostra deve ser feita imediatamente após a coleta e não há necessidade de preparação prévia do paciente.
Referências Bibliográficas
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